Há um fascínio entre autores de romance policial sobre espionagem, CIA e serviço secreto russo. São mistérios e situações que muitas vezes acho absurdas, mas revelo tudo em nome da literatura.Jason Matthews, autor de Roleta Russa, lançado pela editora Arqueiro– que nos enviou o livro –, é um ex-agente da CIA, então se supõe que os detalhes, se não completamente verdadeiros, estão os mais próximos possíveis da realidade. Isso já dá uma credibilidade, ao menos pra mim.
O enredo do livro é mais ou menos assim: Nate Nash é um agente da CIA em solo russo que deve proteger um importante informante, além de outras funções. Dominika é uma ex-bailarina russa que é recrutada por seu tio para se juntar ao serviço secreto russo após ser vitima de uma sabotagem no balé Bolshoi.
Um dos primeiros e mais importantes serviços é seduzir Nate para descobrir a identidade do informante. Daí, se desenrolam tensões e atração mútua entre eles. A personagem feminina é bem forte e destemida, um pouco atrevida até, o que deixa a história mais interessante.
Roleta Russa é um pouco arrastado, demora a engrenar e tem uns caminhos que não me agradaram tanto. Fica um pouco confuso também devido aos nomes russos e todos os termos de espionagem, que são explicados em detalhes. Quem não tem muita paciência com esse estilo pode sentir uma certa dificuldade. Se o autor cortasse um pouco esse detalhamento, o livro poderia ser menor com uma leitura mais fluida.
Enfim, quem gosta de espionagem e contraespionagem com uma pitadinha de romance vai adorar Roleta Russa. Não o considero como um dos meus livros favoritos.
O livro tem um final, mas ao mesmo tempo deixa um gancho imenso e incrível para uma continuação.
Testado por Rafaela